Alimentos funcionais para diabéticos

março 14, 2012
Diabéticos devem ter um cuidado especial com a alimentação a fim de manter o organismo sob controle. Se você convive com a diabetes, provavelmente já sabe o que deve e, principalmente, o que não deve comer! As limitações das dietas para diabéticos são bem conhecidas, até mesmo para os parentes e amigos.

Mas você sabia que alguns alimentos funcionais são grandes aliados na luta contra os sintomas da diabetes? Os benefícios encontrados nesses alimentos vão desde a manutenção da pressão arterial e taxas de glicose, até a proteção dos olhos e diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares.

Farelo de aveia
Reduz as taxas de colesterol ruim.
Contém fibras que exercem o papel de carregar parte das gorduras ingeridas pela alimentação, favorecendo a redução de colesterol sanguíneo. O consumo indicado é de 40g diários, sempre revezando com o consumo do farelo de outros cereais.

Azeite de oliva
Eleva o colesterol bom.
Combina gordura monoinsaturada e beta-sitosterol – substância responsável pela elevação dos níveis do HDL, colesterol “bom”. Juntos a gordura e o beta-sitosterol melhoram a atividade dos receptores das células que “varrem” o mau colesterol do sangue. O consumo indicado é de 1 colher (de sobremesa) no almoço e outra no jantar, sem aquecer o azeite. No caso do azeite, deve-se ter um acompanhamento e orientação do nutricionista já que pode haver influência na ação de remédios.

Banana
Controla a pressão alta.
O alto teor de potássio e a baixa quantidade de sódio revertem os elevados números da pressão arterial. O equilíbrio entre os dois minerais é o responsável pela manutenção da pressão. Com o consumo de uma unidade por dia já podemos notar benefícios, evitando exageros.

Milho verde
Cuida da saúde dos olhos
Contém os antioxidantes luteína e zeaxantina que atuam na prevenção de danos oculares. Ambos fazem parte da família dos carotenóides, que protegem as células da retina e afastam o mal da degeneração macular – problema que pode levar à perda da visão. Para o consumo, é recomendado revezar o milho com o arroz, em vez de adicioná-lo à dieta, por ser rico em amido.

Suco de uva integral
Beneficia a circulação sanguínea
O resveratrol, poderoso antioxidante, atua na melhora da circulação sanguínea, dilatando os vasos. O consumo indicado é o de 120ml por dia de suco de uva integral concentrado, sem açúcar, sem conservantes ou corantes. Bata o líquido com algum tipo de folha ou adicione farelo de aveia para não provocar um aumento exagerado nos níveis de glicose.

Linhaça dourada
Evita picos de glicose
As fibras presentes auxiliam no controle da glicose e fazem com que o açúcar não atinja picos no sangue. Além disso, o resultado da fermentação das fibras feita pelas bactérias intestinais auxilia o fígado a produzir menos glicose. Consuma de 1 a 2 colheres (de sopa) por dia em forma de farinha, evitando o exagero.

Salmão
Diminui os riscos de doenças do coração
O consumo dos alimentos ricos em ômega-3, como o salmão, reduz os níveis de colesterol e triglicérides no sangue, além de controlar a pressão arterial. A gordura ainda possui efeito antiinflamatório, completando sua gama de benefícios cardiovasculares. Consuma 3x por semana, podendo variar o consumo com outros peixes gordos como cavala, sardinha e atum fresco. A orientação de um nutricionista é válida no caso do salmão.



Fonte: ADITIVOS ON LINE 
 

Cranberry ajuda na prevenção da infecção urinária

março 14, 2012

Cerca de 30% a 50% das mulheres já tiveram algum problema de infecção urinária depois do início da vida sexual. Nos homens, doenças relacionadas à próstata e alterações hormonais são responsáveis pelo aumento de incidência de infecções. Há algum tempo cientistas de universidades renomadas, como a americana Harvard, têm estudado uma pequena fruta vermelha chamada cranberry na prevenção dessa doença.
A fruta nativa dos Estados Unidos e cultivada também no Canadá e Chile começou a chamar a atenção dos médicos depois que eles descobriram que índios americanos utilizavam a cranberry para tratar sintomas de uma doença que parecia ser infecção urinária. A fruta já era conhecida dos americanos desde pelo menos o início o século 17, quando passou a integrar o cardápio do Dia de Ação de Graças. Mas foi apenas na década de 1980 que as primeiras pesquisas começaram a descobrir o potencial da cranberry na prevenção de infecção urinária. Desde então, inúmeras pesquisas foram feitas com o objetivo de descobrir qual o total de benefícios que a cranberry pode proporcionar ao ser humano.

De acordo com o urologista Carlos Alberto Bezerra, presidente do Núcleo Brasileiro de Uroginecologia e professor da Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo, a infecção urinária é uma das principais causas de consultas em consultórios médicos, ambulatórios e pronto-socorros no Brasil e no mundo. Segundo Bezerra, as infecções são mais comuns em mulheres, na proporção de 3 para 1 considerando-se a população geral. “As mulheres têm três períodos da vida nos quais as infecções são mais frequentes: ao sair da fralda, ao iniciar vida sexual e ao entrar no período pós-menopausa. Além disso, a infecção urinária ocorre por penetração de bactéria pela uretra e os homens, por terem uretra mais longa, são naturalmente mais protegidos”, explica o médico.

Segundo o especialista, há estudos que revelam que tomar o suco de cranberry como prevenção da infecção urinária é igual a tomar um antibiótico no esquema de profilaxia usual (com antibióticos em dose baixa). As informações estão disponíveis em congressos médicos e a literatura técnica recente também contém dados confiáveis e livres de conflitos de interesse, que estão acessíveis à comunidade médica em todo o mundo e inclusive no Brasil
“Existem diversas pesquisas que sugerem benefício da cranberry na prevenção da infecção urinária”, afirma Bezerra. “Basicamente, o que se tem demonstrado é que mulheres com infecção urinária de repetição e que tomam o suco da fruta regularmente têm menos repetição da doença do que as que não tomam nada”, complementa. Bezerra é um dos que indica aos seus pacientes o suco de cranberry na prevenção e como adjuvante no tratamento das infecções urinárias. O presidente do Núcleo Brasileiro de Uroginecologia observou que aqueles pacientes que tomam o suco diminuem o número de consultas por ano no seu consultório.

O fato de a fruta ser rica em propriedades antioxidantes a faz ser consumida também com outras finalidades. “A substância ativa do cranberry é a proantocianidina (PAC). Essa substância, além de impedir que as bactérias fiquem aderidas no epitélio (revestimento mucoso) do trato urinário, tem efeito antioxidante, semelhante ao dos flavonóides”, diz. Segundo o médico, ainda há hipóteses de que a fruta pode ter efeito antienvelhecimento, diminuir a probabilidade de doenças cardiovasculares e até prevenir o câncer.

No Brasil, o suco de cranberry é comercializado desde 2007 pela empresa Juxx. O suco Juxx de cranberry foi o primeiro a receber a chancela da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), que afere sua qualidade e propriedades fitoterápicas. O suco Juxx de cranberry é feito a partir do concentrado da fruta que vem congelado do Chile.

Fonte: ADITIVOS ON LINE 
 

Fibromialgia e Alimentação Ideal

março 4, 2012

A fibromialgia pode estar diretamente ligada ao condicionamento emocional do individuo, apesar de não ter causa comprovada, mas se situações de alegria e tristeza provocam efeitos diferentes em organismos normais, imagine então num organismo sujeito a dor involuntária?

Os alimentos a serem evitados são sempre aqueles que provocam algum desconforto ao serem ingeridos, por exemplo: algumas pessoas tem intolerancia a lactose, portanto devem procurar outra fonte de proteina e calcio, outras pessoas passam mal com fibras ou alimentos integrais, outras tem intolerância ao glúten ou não toleram alimentos ácidos, enfim, é bom lembrar que todo excesso é prejudicial, principalmente gordura, açúcar e alimentos industrializados. O álcool é sempre um grande vilão, assim como o cigarro.

As recomendações alimentares são as mesmas pra qualquer pessoa, sempre, mas é fato que alguns alimentos fornecem nutrientes e substancias que aumentam a produção de neutrotransmissores responsáveis pelo  bem estar, são eles:

O triptofano e carboidrato: resumindo, são substancias que fornecem a serotonina que é o neutrotransmissor capaz de reduzir a sensação de dor, diminuir o apetite, relaxar e até induzir e melhorar o sono.

Onde encontrar?

Triptofano: carnes magras, peixes, leite e seus derivados, nozes e leguminosas. 
Carboidratos: pães, cereais, biscoitos, massas (tudo integral ok?) e arroz, frutas, legumes, chocolate amargo (com moderação hein!)

Proteinas: mais complicadinho, a proteina leva nosso organismo a produzir suas proprias proteinas – um aminoacido chamado de tirosina que está relacionado a produção de dopamina e adrenalina: neurotransmissores que promovem o estado de alerta e a alegria.

Onde encontrar? Peixes, carnes magras, aves sem pele, ovos, leguminosas, nozes e castanhas, leite e derivados

Folato ou Ácido fólico ou Vitamina B9: Um dos mais potentes antidepressivos naturais, preciso dizer mais?

Onde encontrar? espinafre, feijão branco, laranja, aspargo, couve, maça e soja

Piridoxina ou Vitamina B6: produz os neurotransmissores norepinefrina e serotonina, responsaveis pela melhora do humor.

Onde encontrar? frango, atum, banana, cereais, levedo de cerveja, arroz, cará, alho e sementes.

Calcio: ajuda a controlar e reduzir a irritabilidade e o nervosismo, reduz os efeitos da TPM, participa da transmissão de impulsos nervosos e contrações musculares, regulariza a presão arterial e os batimentos cardiacos.

Onde encontrar? leite e derivados magros

Magnesio: colabora diretamente com o trabalho do calcio e do triptofano no organismo, tambem é responsavel por regularizar os nives de serotonina, a produzir energia, manter a função cardiaca normal e faz milagres com os impulsos nervosos.

Onde encontrar? derivados de soja, salmão, espinafre, aveia, arroz integral.

Selenio: potente contra depressão, irritação e ansiedade – atua diretamente no estado de humor. 

Onde encontrar? castanha do Pará, amendoas, atum, sementes de girassol, trigo integral, peixes

Omega 3: além de proteger o coração e as arterias, auxilia na redução do colesterol, mantem os nives da pressão arterial, fortalece o sistema imunologico e ainda auxiliam nos tratamentos contra depressão.

Onde encontrar? salmão, atum, arenque, bacalhau, sardinha, óleos de peixe, sementes de linhaça, abacate..

Pimenta: libera noradrenalina e adrenalina, responsaveis pelo estado de alerta e melhora no ânimo de pessoas que sofrem de depressão.

Camomila, Maracujá e Mulungu: precisa dizer que acalma? diminui ansiedade, depressão e de quebra auxiliam nos tratamentos de insonia.

Café: se tomado com moderação pode prevenir a depressão, melhorar a concentração, o humor e o estado de espirito. O ideal é coar em coador de papel.

 

Jovens na luta contra o peso

março 4, 2012
Cerca de 60% dos adolescentes brasileiros estão de olho nos quilos a mais, ou a menos.

 Jovens com comportamentos nada saudáveis para emagrecer, como indução do vômito e uso de fórmulas sem orientação médica, vêm preocupando especialistas. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com 2.680 alunos de escolas públicas e privadas, mostra que 60% dos adolescentes de 13 a 15 anos admite fazer algo para controlar o peso. Quanto à autoimagem, 22,1% consideram-se magros ou muito magros e 17,7%, gordos ou muito gordos.

Para a endocrinologista Maria Edna de Melo, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), dados do estudo mostram a importância de os pais ficarem atentos aos hábitos alimentares dos filhos.

“Tem que observar com atenção se quando eles comem, logo saem da mesa e vão para o banheiro, se passam o dia sem comer por horas, ou ficam em jejum. São atitudes que podem indicar transtornos alimentares, como a bulimia e a anorexia”, destaca Maria Edna.

O estudo aponta que a busca por mudanças físicas e estéticas podem ter correspondência com padrões de magreza da sociedade moderna e discriminação por outros jovens, e até adultos, muita vezes no ambiente escolar.

“O referencial social dos adolescentes ainda está sendo formado. A necessidade de integração é maior no caso das crianças e jovens. E uma discriminação em relação ao peso e aparência pode provocar isolamento, prejuízo escolar e danos psicológicos”, explica a endocrinologista.

DETECTANDO OS TRANSTORNOS ALIMENTARES

BULIMIA

A pessoa come grande quantidade de comida, num curto espaço de tempo. E depois vomita ou evacua o que comeu. Alguns sinais: come compulsivamente escondido, deixa a torneira ou o chuveiro ligados para disfarçar os vômitos, esconde laxantes e diuréticos.

ANOREXIA

A vítima limita severamente a ingestão de alimentos. Sinais: pular refeições, esconder comida para não comer, exercícios em excesso, perda radical de peso, uso de roupas largas.

COMPULSÃO ALIMENTAR

A vítima ingere grande quantidade de comida constantemente, mesmo quando não sente fome. Alguns sinais: expressa descontentamento com a autoestima, come quando está sob pressão, come até se sentir desconfortavelmente cheio.

Pais devem dar um bom exemplo

O uso indiscriminado de substâncias para perder peso pode causar sérios danos, como alerta a endocrinologista Maria Edna de Melo. “Certas drogas para acelerar o metabolismo, como anfetaminas e hormônios, podem causar aceleração dos batimentos cardíacos, intoxicação aguda e até morte”.

Já o psiquiatra Adriano Segal orienta pais e educadores a evitar atitudes excessivamente críticas com crianças e jovens com dificuldades de controle de peso. “Uma postura firme, coerente e acolhedora é o ideal”, frisa.

A mudança por hábitos saudáveis também deve se estender à família. “Pais devem dar o exemplo proporcionando uma dieta nutritiva, em vez de incentivar o consumo de embutidos, refrigerantes e salgadinhos, por exemplo”, enfatiza a endocrinologista Maria Edna de Melo



Fonte: O DIA – RJ
 

As Cores da Saúde

fevereiro 26, 2012

Roxo


Exemplos de alimentos: Alcachofra, Almeirão Roxo, Alface Roxa, Alho Roxo, Ameixa Preta, Amora, Azeitona Preta, Batata Roxa, Berinjela, Beterraba, Cebola Roxa, Figo Roxo, Framboesa, Jabuticaba, Jamelão, Lichia, Mirtilo, Repolho Roxo e Uva Roxa.

Contém niacina (vitamina do Complexo B), minerais, potássio e também vitamina C.
Mantém a saúde da pele, nervos, rins e aparelho digestivo e retardam o envelhecimento. Grande parte dos alimentos deste grupo possui ainda um poderoso antioxidante que previne doenças cardíacas.

Verde

Exemplos de alimentos: Abacate, Abobrinha Verde, Acelga, Almeirão, Alface, Azeitona Verde, Brócolis, Cebolinha, Coentro, Couve, Couve Chinesa, Couve de Bruxelas, Chuchu, Ervilha, Jiló, Kiwi, Limão, Maxixe, Mostarda, Pepino, Pimentão Verde, Quiabo, Repolho, Salsa, Uva Verde e Vagem.

Ricos em cálcio, fósforo e ferro. Promovem o crescimento e ajudam na coagulação do sangue, evitam a fadiga mental, auxiliam na produção de glóbulos vermelhos do sangue, além de fortalecer ossos e dentes.

Laranja

Exemplos de alimentos: Abacaxi, Abóbora, Abiu, Ameixa Amarela, Batata Baroa, Batata Doce, Batata Inglesa, Caju, Carambola, Caqui, Cenoura, Damasco, Gengibre, Kino, Laranja, Mamão, Manga, Maracujá, Mexerica, Moranga, Melão, Milho, Nectarina, Pêssego, Pimentão Amarelo, Sapoti e Tangerina.

Assim como os Vermelhos, alimentos da cor Laranja são fontes de carotenóides. Ricos também em vitamina C, que é um antioxidante fundamental para a proteção das células. Ajudam a manter a saúde do coração, da visão e do sistema imunológico.

Branco

Exemplos de alimentos: Aipim, Aipo, Alho, Alho-Poró, Atemoya, Aspargo, Banana, Batata Baroa Branca, Cará, Cebola, Cogumelo, Couve-Flor, Endívia, Graviola, Inhame, Mangostin, Nabo, Pêra e Pinha.

Nos alimentos de cor Branca encontramos as vitaminas do complexo B e os flavonóides, que atuam na proteção das células. Auxiliam na produção de energia, no funcionamento do sistema nervoso e inibem o aparecimento de coágulos na circulação.

Vermelho

Exemplos de alimentos: Acerola, Cebola Vermelha, Cereja, Ciriguela, Goiaba Vermelha, Grapefruit, Maçã, Melancia, Morango, Pêra Vermelha, Pimenta, Pimentão Vermelho, Rabanete, Romã, Tomate e Uva Vermelha.

Fontes de carotenóides, que são precursores da vitamina A. Bom para o coração e para a memória previne o câncer e fortalece olhos e pele. O licopeno, fotoquímico encontrado em alguns alimentos deste grupo, ajuda na prevenção do câncer de próstata.

 

25 Dúvidas sobre o Consumo de Sal

fevereiro 26, 2012

Ele começou a ser utilizado na culinária não por dar sabor aos alimentos, mas por seu potencial sanitário. Com um forte poder esterilizador, o sal conservava a comida, impedindo a reprodução de bactérias. Mas esse aliado inicial da saúde agora está sob a mira das entidades médicas.


Associado a uma série de problemas, entre eles a hipertensão, o sal foi alvo de uma ação recente da American Medical Association. A entidade pediu à FDA (agência responsável pela regulamentação de alimentos e remédios nos Estados Unidos) que mudasse o status do sal, até agora considerado uma substância de consumo seguro. Além disso, a associação quer reduzir pela metade a quantidade de sódio em alimentos processados ou servidos em lojas de fast-food.

O sal não traz só malefícios. Ele é necessário para o equilíbrio dos fluidos corporais e para a transmissão de impulsos nervosos.

O problema é que nosso paladar se adaptou tanto a ele que o consumo se tornou excessivo. Uma pesquisa recente do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) sobre fast-food encontrou sanduíches cujas unidades oferecem quase 80% do sódio recomendado por dia.

A Folha ouviu especialistas para saber quais são as conseqüências desse exagero e como diminuir a quantidade de sal na comida. A primeira dica é valorizar ervas e condimentos que acentuam os sabores. Afinal, "sem sal" não precisa ser sinônimo de "sem graça".

1 - Qual a importância do sal para a saúde?
O sal está diretamente ligado ao volume de fluidos fora das células. Tudo que modifica a quantidade de sal afeta a retenção de líqüidos no corpo. Ele ajuda a regular as passagens de líqüido e de substâncias pela membrana das células, mantendo a pressão osmótica delas. Além disso, é importante para a transmissão de impulsos nervosos.

2 - Sódio é sinônimo de sal?
Não. 6 g de sal equivalem a 2,4 g de sódio. Fique atento na hora de ler o rótulo dos alimentos: eles trazem a quantidade de sódio, e não de sal, que eles contêm.

3 - Quanto deve ser consumido por dia?
A recomendação da OMS é 2g/dia de Sódio.

A recomendação do Ministério da Saúde é de 4-6 g/dia de SAL

 

4 - Há recomendações específicas para crianças e idosos?
Ambos devem consumir menos sal. Aconselha-se que os pais não adicionem a substância à comida das crianças até os dois anos de idade. Além de o leite materno e o sódio já presente nos alimentos suprirem suas necessidades, evita-se, com isso, que elas se acostumem a uma alimentação muito salgada, já que é nessa fase que se forma o padrão gustativo.

Já os idosos devem comer menos sal (o ideal seria cerca de 5 g por dia) porque tendem a reter mais sódio e também porque, com o envelhecimento, os vasos vão perdendo naturalmente a capacidade de distensão, sendo mais provável que desenvolvam hipertensão.

5 - Em média, quanto sal os brasileiros comem por dia?
Não há estudos populacionais que determinem um valor médio para todo o país. Mas pesquisas realizadas em alguns Estados mostraram que o consumo é de aproximadamente 12 g, valor muito acima do recomendado.

6 - Quem não acrescenta sal à comida come pouco sal?
Não necessariamente. Estima-se que 75% do sal que consumimos seja proveniente de alimentos processados industrialmente. Molhos, como o ketchup, produtos em conserva e embutidos são as opções mais ricas em sal. Os outros 30% vêm dos alimentos naturais e do sal que adicionamos aos alimentos.

7 - Doces estão liberados?
Não necessariamente. Quem tem hipertensão deve evitar produtos adoçados com ciclamato de sódio. Assim como o sal, esse adoçante tem sódio, que afeta a pressão.

8 - Posso suprir minha necessidade diária de sal só com alimentos naturais?
Sim. O sódio está presente na maioria dos alimentos, embora em quantidade pequena. Alimentos como carne, peixes e ovos podem suprir essa necessidade. O problema é que nossa alimentação é pobre em iodo, e o sal de cozinha é, por lei, enriquecido com essa substância. O iodo é importante para a saúde (gestantes que têm um consumo insuficiente de iodo, por exemplo, podem ter filhos com distúrbios cognitivos).

9 - O que acontece a quem ingere uma quantidade insuficiente de sal?
Problemas causados por ingestão insuficiente de sal são raros, mas acredita-se que uma dieta muito restritiva de sal (menos de um grama por dia para adultos) altera o perfil lipídico do organismo, aumentando os índices de colesterol ruim. Ainda não se sabe qual o mecanismo que leva a essa alteração.

10 - O excesso de sal leva à hipertensão?
Sim. Em populações que consomem muito sal, os índices de hipertensão são mais altos à medida que as pessoas envelhecem.

11 - O efeito do sal é o mesmo em todas as pessoas?
Não, os graus da sensibilidade ao sal variam de pessoa para pessoa. Acredita-se que algumas pessoas, por determinação genética, tenham rins que não manipulam bem o excesso de sal no organismo. Por isso, elas seriam mais sensíveis ao sal. Essa característica também está ligada a grupos étnicos: entre negros, por exemplo, a prevalência de pessoas mais sensíveis ao sal é maior. Homens e mulheres também apresentam resistência diferente ao sal. As mulheres, de modo geral, são mais "protegidas" contra os efeitos do sal até a menopausa. Depois disso, o risco de ter hipertensão é mais acentuado nelas do que neles.

12 - Como é possível saber se alguém é hipersensível a sal?
Existem testes que permitem averiguar a sensibilidade ao sal, entretanto, eles são utilizados apenas em pesquisas. Esses exames não são usados na prática clínica porque a recomendação para todas as pessoas, independentemente de elas serem sensíveis ou não, é comer pouco sal.

13 - Quem tem pressão baixa precisa comer mais sal?
Não, pois o fato de a pessoa ter pressão baixa não significa que ela não possa ter hipertensão no futuro. Além disso, sabe-se que os riscos de problemas cardiovasculares são maiores entre pessoas que comem muito sal mesmo quando elas não apresentam hipertensão arterial. O mesmo vale para problemas renais e digestivos. Estudos também mostram que o excesso de sal pode causar broncoespasmos, piorando quadros de asma.

14 - O excedente de sal é liberado pelos rins? Então por que se preocupar com a quantidade?
O rim tem uma capacidade limitada para filtrar e excretar o sal. Quando o consumo é muito alto, o rim trabalha sob uma pressão maior e pode ter seu funcionamento comprometido. A hipertensão é uma das principais causas de doença renal crônica. Além disso, ingerir muito sal aumenta os riscos de cálculo renal --formação de pequenas "pedras" nos rins.

15 - Em quanto tempo o organismo consegue expelir o excesso após uma alimentação sobrecarregada de sal?
Pessoas normais demoram de um a dois dias para reequilibrar o organismo. Em pessoas com hipertensão, o processo de eliminação do excesso de sal demora de cinco a sete dias.

16 - Consumir sal em excesso dá celulite?
Não. A retenção de água que o sal promove é intravascular, e não na pele. Isso pode causar inchaços nas pernas ou nos dedos da mão, mas não celulite.

17 - O sal causa problemas na tireóide?
Sim e não. O cloreto de sódio não afeta a tireóide. Entretanto, no Brasil, o sal é enriquecido com iodo. Se consumido em excesso, o iodo pode levar à tireoidite de Hashimoto em pessoas com predisposição genética a doenças auto-imunes. Em 2003, a Anvisa reduziu os níveis de iodo no sal para evitar esse tipo de problema.

18 - O que é o sal light e quais seus benefícios?
O sal light é formado por uma mistura de cloreto de sódio e cloreto de potássio. Embora os dois possam ser chamados de sal, eles afetam o organismo de formas diferentes. Enquanto o potássio regula a retenção de líquidos dentro das células, o sódio age fora das células. Embora seja recomendado a pessoas com hipertensão, o sal light não é indicado para pessoas com problemas renais. Embora o potássio não leve a doenças renais, problemas nos rins levam a um acúmulo de potássio no corpo, o que aumenta os riscos de problemas cardíacos.

19 - Quais as diferenças entre o sal marinho e o sal mineral?
Embora sejam extraídos de formas diferentes (o mineral de minas subterrâneas e o marinho, da evaporação da água do mar), os dois apresentam a mesma composição e causam os mesmos efeitos no corpo.

20 - Qual a diferença do sal para o glutamato monossódico?
Além do cloreto de sódio, esse tempero tem outras substâncias que realçam o sabor de alguns alimentos. Como é rico em sódio, ele não pode ser considerado uma alternativa saudável ao sal.

21 - Faz diferença colocar o sal durante o cozimento ou adicioná-lo depois, quando a comida já está pronta?
Sim e não. Os efeitos do sal são os mesmos, independentemente do momento em que ele foi adicionado à comida. Mas os médicos recomendam que as pessoas tirem o saleiro da mesa porque elas tendem a colocar mais sal quando a comida já está pronta do que quando temperam na hora do cozimento.

22 - Posso substituir o sal por outra substância?
Embora não exista um substituto para salgar os alimentos, o sal pode ser trocado, nas receitas, por ervas e condimentos que acentuem o sabor dos alimentos.

23 - Grávidas devem seguir alguma orientação específica?
As regras são as mesmas, de 4g a 6g/dia de sal. Como a mulher já tem uma tendência a reter líquidos durante a gravidez, o consumo excessivo de sal pode levá-la a um aumento de pressão, o que pode causar pré-eclampsia. Entretanto, a dieta também não pode ser muito restritiva em relação a sal, já que, nos primeiros meses, a gestante tende a ter uma pressão mais baixa, e a falta de sódio pode diminuir o fluxo de sangue que chega até a placenta.


24 - Como deve ser o consumo de sódio para esportistas?
O sódio, assim como outros sais minerais, é liberado pelo corpo junto com o suor. Por isso, pessoas que se exercitam intensamente podem perder mais sódio. Mas isso só se torna um problema se o exercício for praticado por muito tempo (a partir de uma hora, uma hora e meia), principalmente em ambientes quentes e úmidos. Nesses casos, a reposição deve ser feita por meio de bebidas isotônicas, e não pelo acréscimo de sal na comida.

25 - Quais são as regras para a utilização de sal nos alimentos processados?
A legislação brasileira não impõe limites para a quantidade de sal adicionada aos alimentos industrializados nem obriga as empresas a colocar alertas nas embalagens. Mas os fabricantes são obrigados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a informar no rótulo o teor de sódio no alimento.


Fontes: ANDREA GALANTE, nutricionista, presidente da Associação Brasileira de Nutrição; APARECIDA MACHADO DE MORAES, dermatologista, professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas); CELSO AMODEO, cardiologista e nefrologista, chefe de hipertensão do Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese; CLÁUDIA DORNELLES SCHNEIDER, nutricionista especialista em ciências do esporte, professora das especializações da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul); DANIEL MAGNONI, cardiologista e nutrólogo do HCor (Hospital do Coração); JOCELEM MASTRODI SALGADO, pesquisadora e professora titular da Esalq (Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"), da USP (Universidade de São Paulo), e presidente da Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais; LUCÉLIA CUNHA MAGALHÃES, cardiologista, conselheira científica da Sociedade Brasileira de Hipertensão e coordenadora do programa de hipertensão da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia; GERALDO MEDEIROS NETO, endocrinologista, professor da Faculdade de Medicina da USP; e PATRÍCIA FERREIRA ABREU, nefrologista, secretária-geral da Sociedade Brasileira de Nefrologia e professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)

 

Alimentos que te ajudam a emagrecer

fevereiro 5, 2012
Emagrecer de uma forma saudável não é impossível. Você precisa inserir em sua dieta alimentos que ajudem a emagrecer.

Aveia
É rica em fibras. Auxilia no emagrecimento, pois as fibras se expandem no estômago e são transformadas numa espécie de gel resistente à digestão, prolongando a saciedade. Vale ressaltar que as fibras proporcionam um grande efeito de saciedade, porque, no estômago, as fibras incham como esponjas. Por isso comemos menos e temos fome menos rapidamente, pois elas permanecem no estômago durante um bom tempo depois de ingeridas. No final da digestão, desencadeiam outro saudável processo: aceleram os movimentos do intestino, evitando a prisão de ventre.

Amaranto
O amaranto é um ótimo aliado do emagrecimento. A semente reduz a formação e o volume de gordura no abdome. É rica em fibras e proteínas. 

Maçã
A maçã tem sua grande parte composta por água, portanto, não possui muitas calorias e, ao mesmo tempo, sacia a fome, pois mostra para o seu estômago que já comeu quando, na verdade, ela enganou. A fruta tem 83% da sua composição por água, além de ser rica em fibra. 

Melão
O melão entra na regra de alimentos que ajudam a emagrecer. É uma das frutas que menos possui calorias, sem contar que ele é uma fruta diurética pelo fato de sua composição ter bastante água. A fruta também traz o poder de antioxidante para quem deseja retirar as toxinas do organismo. 

Dieta correta
O importante da dieta é fazer um cardápio que tenha alimentos saudáveis e dos quais a pessoa que quer emagrecer goste. Cabe ao médico ou ao nutricionista buscar alternativas para uma pessoa que não gosta de muita variedade de comida saudável e ao paciente ter boa vontade de experimentar novos ingredientes. 

Alimentos cheios de cálcio
O cálcio tem uma conexão com a redução de peso porque interfere no desenvolvimento dos adipócitos, as células de gordura. E tem mais, alimentos ricos no mineral brecam a absorção da gordura vinda das refeições. Em outras palavras, parte das moléculas engorduradas é varrida para fora do organismo na digestão, o que impede seu acúmulo.
Alguns alimentos ricos em cálcio: leite, ricota, soja cozida, sardinha, iogurte, espinafre, salmão, tofu, laranjas, amêndoas, sementes de gergelim, mostarda, couve e algas marinhas. 

Peixes
Os peixes, em geral, são ricos em ômega 3, contém proteínas de alto valor biológico, que estimulam a saciedade, além de ácidos graxos essenciais, que potencializam a queima calórica e dificultam o acúmulo de gordura.

Quantidade recomendada: sempre assados, grelhados ou cozidos (nunca fritos) na quantidade mínima de 200 gramas por semana, divididos em três dias. 

Farinha de maracujá
Todo o alimento que chega ao seu estômago acaba sendo absorvido por esta farinha, e não pelo organismo. É encontrada em casas de produtos naturais. 

Laranja
Graças a um componente chamado flavonoides essa fruta consegue diminuir sua massa de gordura. 

Comer devagar e mastigar bem os alimentos
Engolir os alimentos sem estarem bem triturados pode fazer você dobrar o volume do que ingere. Isso porque o cérebro só recebe a mensagem de que o organismo está satisfeito após 20 minutos do início da refeição. Então, mastigue devagar. Depois de cada garfada, coloque os talheres ao lado do prato para descansar. Só volte a pegá-los depois de engolir a comida. Assim, você se alimenta devagar

Fonte: JORNAL DO POVO – RS 
 

Alimentos fotoprotetores

fevereiro 5, 2012
Apesar da alimentação correta ajudar a amenizar os efeitos do sol na pele, usar filtro solar é fundamental.

Envelhecimento precoce, atrofia da epiderme ou hiperqueratose (alta produção de queratina, que provoca o engrossamento da pele), além do câncer de pele são alguns dos efeitos da exposição excessiva ao sol sobre a saúde humana. Usar filtro solar é fundamental para afastar os riscos. Para intensificar a prevenção, vale conhecer os alimentos que contêm nutrientes que agem como foto protetores internos.

— Quando usamos filtros solares, estamos bloqueando parte da radiação que atinge a pele. Quando temos uma alimentação balanceada, rica em nutrientes com ação foto protetora e antioxidantes, estamos fortalecendo os sistemas de defesa das células, principalmente a defesa contra os radicais livres gerados pelo sol e a inflamação.

Existe  uma série de pesquisas direcionadas ao estudo dos nutrientes que interferem na fotoproteção, com consequente amenização dos efeitos do envelhecimento da pele — a luz solar é um dos principais responsáveis por acelerar esse processo. 

— Uma alimentação rica em alimentos que contenham vitaminas, minerais, antioxidantes e uma ingestão hídrica adequada, aliada a boas horas de sono e prática de atividade física podem reverter os danos causados pelo tempo e melhorar a qualidade da pele.

Conheça alguns exemplos de alimentos fotoprotetores:

:: Amêndoas 

Ricas em vitamina E, um antioxidante que ajuda a proteger as células da pele contra a luz ultravioleta e outros fatores ambientais que geram radicais livres. 

:: Cenoura e goiaba

Fontes de betacaroteno, um potente antioxidante que é precursor da vitamina A. O betacaroteno impede os danos dos radicais livres gerados pela exposição solar. A vitamina A melhora a saúde dos globos oculares, ajuda a clarear a pele, e previne o aparecimento de acne.

:: Cacau

Tem flavonoides em sua composição, que são um grupo de antioxidantes capazes de melhorar a aparência das peles ásperas e de proteger contra os danos do sol. Estudos recentes mostraram que o consumo diário de cacau melhora a saúde da pele e causa maior resistência aos efeitos dos raios ultravioleta.

:: Semente de linhaça

Com ácidos graxos ômega 3, melhora a aparência das manchas de pele e ajuda a minimizar as linhas de expressão. Estudos mostram que o consumo de ômega 3 melhora a hidratação da pele e previne o aparecimento de rugas.

:: Chá verde 

Quando quente, libera catequinas, um tipo de antioxidante com propriedades anti-inflamatórias e anticâncer comprovadas. 

:: Espinafre 

Rico em ácido fólico. Estudos mostram que o folato reforça a capacidade da pele de se renovar, o que previne o envelhecimento.

:: Tomate

Quando aquecido, libera o licopeno, que é um antioxidante. Ajuda na eliminação dos radicais livres e previne o envelhecimento da pele causado pelos raios ultravioleta.

:: Castanha do Pará

Rica em selênio, nutriente que ajuda a preservar a elastina, uma proteína que mantém a pele lisa e firme.

Fonte: ZERO HORA – RS 
 

Suplementos alimentares

fevereiro 5, 2012

O consumo excessivo ou de maneira inadequada desses produtos pode gerar excesso de peso, diabete, problemas renais e hepáticos.

As promessas são inúmeras: de reduzir gorduras “em um passe de mágica” a aumentar a massa muscular em pouco tempo ou dar mais energia para os treinos. Quando o assunto é suplementos alimentares, há todo o tipo de indicação de benefícios nas embalagens dos produtos vendidos em academias e lojas especializadas. Os especialistas, porém, garantem: as sugestões de uso são bem restritas e o consumo sem orientação profissional pode desencadear em uma série de problemas graves à saúde.

O médico e presidente da Socie¬¬dade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Jomar Sou¬za, explica que apenas pessoas que têm carga de atividade física muito intensa, como atletas profissionais, devem usar suplementação como forma de complementar a ingestão de nutrientes – e, consequentemente, sanar a demanda por energia – que a alimentação do dia a dia não é capaz de suprir. “Basta notar que um maratonista profissional precisa de uma quantidade muito grande de nutrientes para manter seu ritmo de treinos e competições, enquanto uma pessoa que faz exercícios na academia não.”

Cuidado
Produto não faz milagre
Apesar das inúmeras promessas nos rótulos dos produtos, é bom não se enganar: não adianta esperar por milagres. “Principalmente por causa da genética. Se a pessoa nasce com gene programado para ser magra e ter porcentual de gordura baixo, pode comer de tudo, fazer suplementação e levantar a academia inteira no supino, que não vai ter hipertrofia muscular”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Jomar Souza.

Para evitar decepções, o ideal é procurar acompanhamento médico e não se deixar levar pela ilusão de um corpo perfeito. “Não adianta projetar uma imagem impossível de ser alcançada porque isso não acontece do jeito que as pessoas esperam. Imaginar que qualquer um pode ficar com aquele aspecto musculoso é o caminho para o insucesso.”

Lista
Veja os tipos de suplementos mais comuns encontrados nas lojas e academias:

Proteína
É o preferido entre os que pretendem ter aumento de massa muscular, já que favorece a hipertrofia dos músculos.

Carboidratos
Ajuda a dar mais energia e garantir que a pessoa vai ter disposição para fazer a atividade no mesmo ritmo por tempo prolongado.

Creatina
É procurada por quem quer aumentar sua massa muscular, mas, segundo o médico Jomar Souza, sua ação é bem restrita. “Na verdade, a creatina não aumenta a massa muscular. Ela simplesmente estoca uma quantidade de água no músculo e gera um aumento de volume”, diz. Conforme a pessoa excreta essa água – seja pela urina ou pelo suor –, o inchaço some e o efeito desaparece.

Substituições
A nutricionista Louise Saliba explica que é fácil substituir os suplementos por alimentos. A carne é rica em proteínas, enquanto o arroz e o macarrão são excelentes fontes de carboidratos. Para quem faz exercícios, é preciso comer cereais integrais, frutas, verduras e legumes.

Venda
Para comprar um suplemento alimentar, não é preciso ter receita médica, a menos que o produto tenha diluição de medicamentos. A Anvisa é o órgão responsável por fiscalizar os produtos, mas não tem controle sobre as vendas. Os suplementos podem ser encontrados principalmente em academias e lojas especializadas.

Segundo ele, no caso de pessoas que não praticam exercícios de maneira profissional, mas pensam em usar suplementação, a recomendação é marcar uma consulta com um médico ou nutricionista, fazer uma avaliação e descobrir se é realmente necessário complementar a dieta. “Só esses profissionais po¬¬dem fazer uma avaliação a partir do nível de atividade física da pessoa, seu gasto calórico e sua dieta para analisar se a alimentação do dia a dia é suficiente ou quais os suplementos mais indicados para o caso.”

Na maioria das vezes, uma reformulação do cardápio, tirando as gorduras saturadas, sódio e açúcar e apostando em gorduras insaturadas, fibras, vitaminas e sais minerais, já é suficiente para garantir bons resultados.

Os suplementos também não podem substituir os alimentos durante as refeições. “Há quem deixe de se alimentar e passa o dia à base de suplementos variados, o que é muito perigoso. O ideal é que a pessoa mantenha um cardápio rico e balanceado e que os suplementos sejam só um adendo à sua dieta”, comenta a nutricionista especialista em nutrição esportiva e professora do curso de Nu¬¬trição da Pontifícia Universidade Católica do Paraná Louise Saliba.

Problemas
Os riscos dos exageros e da falta de orientação são grandes. Suple¬mentos com proteínas podem desencadear problemas nos rins ou no fígado, enquanto os de carboidratos causam desequilíbrio nos níveis de açúcar no sangue, o que favorece o desenvolvimento de diabete em quem tem fatores de risco para a doença. No caso dos enriquecidos com vitaminas, o risco é de ter uma intoxicação por excesso desse nutriente no organismo. “A pessoa passa do limite tolerável para o dia e pode ter uma sobrecarga hepática.”

Uso de anabolizantes é ainda mais restrito
Os especialistas esclarecem que anabolizantes não são considerados suplementos alimentares. “São classificações diferentes. Os suplementos são formados por vitaminas e sais minerais que a pessoa encontra na alimentação normal e que ali estão concentrados em forma de pó, líquido ou cápsulas, enquanto os anabolizantes são medicações vendidas em farmácias, que tem uso restrito e são contraindicados para fins estéticos”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Jomar Souza.

Atualmente, os anabolizantes são receitados para idosos com baixa hormonal, casos de osteoporose avançada, anemias graves, pacientes com desnutrição avançada e em alguns tipos de câncer de mama. “Mas, em todos os casos, há prescrição médica e a farmácia faz a retenção da receita para garantir o controle da venda.”
Segundo ele, é importante que as pessoas não comprem anabolizantes, porque grande parte é vendida de maneira ilegal para fins estéticos.

Fonte: GAZETA DO POVO – PR
 

Alimentos Funcionais

janeiro 30, 2012

São alimentos que, além das funções nutricionais básicas, produzem efeitos benéficos para a saúde, por possuírem certos componentes ativos capazes de prevenir ou reduzir o risco de doenças. Seus benefícios podem ser explorados por todas as pessoas, especialmente praticantes de atividades físicas.

Durante a prática esportiva, ocorre um aumento de 10 a 20 vezes no consumo total de oxigênio do organismo e de 100 a 200 vezes na captação de oxigênio pelo tecido muscular, o que favorece a produção de radicais livres de oxigênio. Esses radicais podem contribuir para a ocorrência de danos celulares, prejudicando o desempenho do atleta. Entre os alimentos com propriedades funcionais, estão aqueles que possuem ação antioxidante, que combate os radicais livres resultantes da atividade física.

Na natureza, encontramos poderosas fontes de antioxidantes para combater os radicais livres. Uma fruta vermelha típica do noroeste da China e regiões do Himalaia chamada Goji Berry contém complexos de polissacarídeos conhecidos por seu incomparável potencial antioxidante e efeito imunoestimulante, sendo então uma forte aliada na prevenção do envelhecimento. No Brasil, Goji Berry pode ser encontrada em farmácias de manipulação.

Separamos também na tabela abaixo uma série de alimentos funcionais e suas respectivas propriedades para a saúde:

 

Qual é a melhor gordura para ser usada em frituras?

janeiro 27, 2012

Oliveira ou girassol

Já se sabia que o azeite de oliva podereduzir a obesidade e diabetesprevenir derrame e prevenir e até tratar o Alzheimer.

Agora, pesquisadores espanhóis demonstraram que, mesmo se usado em uma das técnicas de preparo de alimentos mais desaconselhadas pelos especialistas - a fritura - o azeite não faz mal.

Os cientistas da Universidade Autônoma de Madri não encontraram nenhuma correlação entre as frituras com azeite de oliva ou com óleo de girassol e problemas cardíacos ou mortes prematuras.

Mas as orientações anti-fritura continuam valendo para os demais tipos de óleo vegetal, assim como para aqueles de origem animal.

Sem ligação

O estudo envolveu o acompanhamento de 41 mil adultos durante 11 anos - pessoas com os mais diversos hábitos alimentares.

No início da pesquisa, nenhum deles tinha sinais de doença cardíaca.

No final do período, tinham ocorrido 606 incidentes relacionados a problemas cardíacos e 1.134 mortes.

Quando os pesquisadores analisaram os detalhes dos incidentes, não encontraram qualquer ligação destes com o consumo de alimentos fritos, e isso, segundo os especialistas, se deve ao tipo de óleo usado na fritura, no caso azeite e óleo de girassol.

Dieta mediterrânea

Não é de hoje que a dieta dos países do Mediterrâneo, entre os quais está a Espanha, é apontada como saudável por causa da abundância de peixe fresco e frutas e legumes plenos de fibras e de baixas calorias.

Inúmeros estudos já apontaram que uma dieta saudável pode reduzir o risco de doenças cardíacas e mesmo câncer.

O jeito de se alimentar desses países é conhecido como Dieta Mediterrânea, sendo considerada uma das mais saudáveis do mundo.

 

Como você deve comer peixe para aproveitar seus benefícios?

janeiro 27, 2012

Pesquisa na Universidade de Washington demonstra que peixe preparado no forno ou na panela preserva as boas propriedades de ômega-3,principalmente se forem atum, peixe-espada e salmão.


Esse estudo pesquisou a dieta de quase 4.000 adultos com idades acima de 65 anos que não mostraram quaisquer sinais de doenças cárdio-vasculares. Os mesmos pesquisadores seguiram esses indivíduos por mais nove anos para detectarem incidências de ataques cardíacos não fatais e mortes devidas a obstruções das artérias coronárias.


Os resultados do estudo mostraram que quem consumia atum ou outro tipo de peixe cozido ou assado, por 3 ou mais vezes por semana, tinham significativamente menos risco de adquirirem problemas das coronárias do que aqueles indivíduos que ingeriam os mesmos tipos de peixes irregularmente. Aqueles que consumiam peixes fritos regularmente, tiveram altas taxas de ataques cardíacos, seguidos ou não de morte.


A conclusão passa a ser de que TODOS os alimentos submetitos a fritura profunda não são boas escolhas nutricionais para a prevenção de doenças. Mesmo os peixes ricos em ômega-3, quando submetidos a fritura, "quebram" a cadeia HDL-colesterol (protetora) para aumentarem a quantidade de LDL-colesterol pois o calor é intenso.

Fiquem alertas.

 

Acordar e Treinar. O Que Comer Antes?

janeiro 27, 2012

O tempo ideal para que uma refeição seja digerida é aproximadamente de 2 a 4 horas, porém atletas e esportistas sempre se encontram na situação de treinar imediatamente após acordar. O jejum é totalmente contra indicado nesse momento, porém o recomendado é não iniciar um treino com o estômago muito cheio.

Dessa forma, é importante escolher alimentos que sejam fontes de nutrientes que forneçam carboidratos, e com isso, energia: pão, biscoito ou bolo simples, barras de cereais, géis de carboidratos e frutas. Além disso, deve-se e dispensar os nutrientes que “pesam” no estômago como as proteínas (leite e queijo) e as gorduras em geral.

Os alimentos ricos em fibras, como cereais fibrosos e algumas frutas como laranja com bagaço e abacaxi não são recomendados nesse momento, pois podem causar desconforto gastrintestinal.

A quantidade de carboidrato indicada para ser ingerida antes do treino é de 25 a 30g.

Na tabela abaixo seguem alguns exemplos de alimentos ricos em carboidratos e suas respectivas quantidades:

ALIMENTO(unidade)GRAMAS / MLGRAMAS DE CARBOIDRATO
Carboidrato em gel
41g
28g
Barra de cereal
25g
18,9g
Biscoito água e sal
8g
5,4g
Biscoito maisena
5g
3,6g
Mamão papaia
(1/2 unidade) 155g
12,9g
Pão de forma
25g
12,3g
Aveia (colher sopa)
15g
7,9g
Bolo simples
(fatia pequena)
30g
16,7g
Bolo simples 
(fatia média)
60g
33,3g
Suco de frutas (maracujá)
240ml
5g
Geléia de frutas (colher sobremesa)
22g
13,6g
Banana prata
40g
9,1g



Exemplos de lanches rápidos (escolha apenas 1 opção):

  • Bolo simples (1 fatia média)
  • Suco de fruta (1 copo cheio) + Bolo simples ( 1 fatia pequena)
  • Barra de cereal + Suco de fruta (1 copo cheio)
  • Pão de forma (1 fatia) + Geléia de frutas ( 1 colher de sobremesa)
  • Mamão papaia (1/2 unidade) + Bolacha de água e sal (3 unidades)
  • Banana prata (1 unidade) + Aveia (2 colheres de sopa)
  • Biscoito maisena (3 unidades) + Geléia de frutas (1 colher de sobremesa)
  • Carboidrato em gel;
 

Osteoporose pode ser evitada com musculação e alimentação adequada desde cedo

janeiro 26, 2012
Os ossos ficam fracos e podem quebrar muito facilmente. A osteoporose ocorre, com maior frequência, em indivíduos com mais de 50 anos, mas a prevenção deve começar bem antes, na adolescência. Conforme a médica Archana Roy, especialista em medicina interna, 85% da massa óssea dos adultos é adquirida aos 18 anos pelas mulheres, e aos 20 anos pelos homens.

— As mulheres podem perder até 20% da densidade mineral óssea em um período de cinco a sete anos, depois da menopausa. A perda óssea é mais lenta nos homens e, normalmente, ocorre mais tarde do que em mulheres — explica Archana.

A doença acomete mais da metade das mulheres com mais de 50 anos e um em cada quatro homens. Entretanto, homens são mais propensos a morrer depois de uma fratura de quadril do que as mulheres.


O teste da densidade óssea ajuda no diagnóstico. Ele avalia a densidade dos ossos na espinha dorsal e no quadril, estimando futuros riscos de fratura em um período de 10 anos.

Exercícios e alimentação

A nutrição adequada, acompanhada de exercícios de força apropriados, é a chave para ganhar a luta contra a osteoporose. 

— Os exercícios ajudam a melhorar a densidade óssea, fortalecer os músculos e reduzir os riscos de queda — comenta a médica.

O cálcio é importante para a mineralização dos ossos e pode ser obtido em alimentos como o leite, queijo ou iogurte. Suplementos de cálcio e vitamina D também estão disponíveis no mercado.

Cinco dicas de prevenção

:: Ingira uma quantidade adequada de cálcio e vitamina D diariamente
:: Faça exercícios diariamente
:: Inclua exercícios de musculação em seu treino diário
:: Evite fumar ou consumir bebidas alcoólicas em excesso, fatores que aumentam a perda óssea e elevam os riscos de osteoporose

:: Pergunte a seu médico sobre exames para diagnosticar a osteoporose



Fonte: ZERO HORA – RS
 

Confira os principais argumentos a favor e contra a carne vermelha

janeiro 26, 2012
Que atire o primeiro bife quem nunca parou para pensar como seria a vida sem carne vermelha. Seríamos mais ou menos saudáveis? Tirando a discussão filosófica e ecológica e considerando somente o que tange a saúde, sobram argumentos pró e contra. A quantidade de informações contraditórias acaba confundindo e trazendo ainda mais dúvidas.

Embora a porcentagem de vegetarianos venha se mantendo estável ao longo da história, há um interesse crescente no assunto — basta olhar os restaurantes naturais e vegetarianos, que ficam lotados na hora do almoço. Há os mais radicais, como os veganos, que não comem nada de origem animal, outros que comem somente peixe, e aqueles que apenas aboliram os pedaços sangrentos da dieta.

Já os loucos por carne — categoria mais do que comum em solo gaúcho — também erguem suas bandeiras. Não gostar de picanha mal passada e de costela gorda é quase uma heresia. Para esta legião de carnívoros, pesquisas que apontam os malefícios do alimento são refugadas como brócolis em espeto corrido.

Para colaborar com ambos os lados, selecionamos algumas das pesquisas mais relevantes sobre o assunto. Cabe ao leitor tirar suas próprias conclusões. Afinal, esta é uma decisão pessoal e cabe a cada um fazer seu próprio julgamento.

Contra a carne

:: DNA — Um estudo da Open University britânica, publicado no jornal médico Cancer Research, comparou dietas repletas de carne vermelha com as vegetarianas. Segundo os cientistas, um cardápio rico dessa proteína teria maior possibilidade de causar câncer porque danificaria o DNA, provocando mutações e aumentando o risco de câncer.
:: Rins — Quem come muita carne vermelha pode ter maior risco de desenvolver alguns tipos de câncer renal, segundo um estudo feito nos EUA com milhares de adultos. Os autores do artigo publicado na revista American Journal of Clinical Nutrition concluíram que adultos de meia-idade que consumiam mais carne vermelha tinham 19% mais probabilidade de serem diagnosticados com câncer nos rins do que aqueles que faziam um consumo moderado.
:: Colesterol — O guia Abordagens Dietéticas para Prevenir a Hipertensão (DASH, sigla em inglês), indicado pela Associação Americana do Coração, é recomendado para a redução do colesterol e dos riscos de doenças cardíacas. A dieta encoraja o consumo de peixes e aves, mas não muita carne vermelha.
:: Diabetes — Comer um bife ou uma salsicha por dia aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2. A conclusão é do maior estudo já feito sobre o assunto, com dados de cerca de 300 mil pessoas, acompanhadas desde a década de 1970. A pesquisa, feita pela Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston, foi publicada no American Journal of Clinical Nutrition. Já as carnes processadas, como salame e mortadela, foram consideradas mais prejudiciais: poderiam elevar o risco de diabetes em 51%.
:: Coração — O aumento do consumo de comidas ricas em proteína em substituição ao consumo diário de carne vermelha diminui no risco de desenvolvimento de doenças do coração. Os resultados, publicados no periódico Circulation, demonstraram que o consumo de carne vermelha — in natura ou processada — pode aumentar o risco do desenvolvimento dessas doenças cardíacas em até 30%.
:: Câncer — Um estudo sobre a relação entre o câncer e a carne vermelha publicado em 2007 na revista PLoS Medicine, afirmando que a dieta rica em carne vermelha pode aumentar em 24% o risco de câncer colorretal.
:: Intestino — "A carne dificulta a digestão, forçando o fígado e o estômago a produzir ácido em excesso", explica o oncologista suíço Fabio Levi, da Universidade de Lausanne. "E a corrosão das paredes do intestino pode provocar mutações cancerígenas", afirma.
:: Mutações — Outra substância presente na carne e apontada como perigosa é o amino heterocíclico. Apesar de não existir nas proteínas cruas, ele é criado pelo calor da grelha ou da panela, formando aquele "pretinho" crocante dos churrascos e das frituras. Os aminos acabam no interior das células, onde se ligam ao DNA e provocam mutações cancerígenas, conforme explica Barbara Pence, da Universidade Técnica do Texas (EUA).

A favor da carne

:: Obesidade — Gary Taubes, correspondente da revista americana Science e um dos principais escritores de ciência do mundo, escreveu um longo artigo no qual classificava o medo da gordura saturada como "dogma". Taubes afirma que, mesmo com tanta pesquisa, não há prova de que gordura saturada e infarto estão ligados. E vai além: diz que a propaganda do governo só serviu para fazer com que os americanos comessem mais — ao evitar a gordura, eles acabavam ingerindo mais carboidratos, mais açúcar, para manter a quantidade diária de calorias (o corpo tende a reclamar quando as calorias são insuficientes para saciá-lo — isso se chama fome). Resultado: o índice de obesidade passou de 14% para 22% no país. E obesidade, sabidamente, é um sério fator de risco para doenças cardíacas.
:: Coração — Os franceses e os mediterrâneos em geral consomem carnes de todos os tipos, mas têm ao seu favor o consumo de vegetais frescos e azeite de oliva, além de vinho. Seus índices de mortalidade por doenças cardíacas são bem mais baixos do que os norte-americanos. Além disto, eles vivem mais. Genética e conjunção de todos os fatores, como comer sem pressa, podem contribuir para isto.
:: Natureza — Não somos vegetarianos por natureza. O homem tem dentes pequenos e sistema digestivo curto, características de onívoros, como explica o antropologo físico Walter Neves, da Universidade de São Paulo, maior especialista brasileiro em homens pré-históricos. Ou seja, nosso organismo está preparado para comer de tudo, inclusive carne.
:: Proteína — A carne é um alimento do grupo construtor, que tem a maior concentração de ferro biodisponível (de fácil absorção pelo corpo humano), ou seja, com todos os aminoácidos essenciais à sua constituição, além do ferro heme que é, sem dúvida alguma, o mais eficiente no combate à anemia. Isso sem contar as demais qualidades: alto teor proteico de zinco, cálcio, fósforo, sódio, potássio, enxofre, cloro, magnésio, cobre, níquel, manganês e carboidratos (glicose e glicogênio), e ainda das vitaminas B1, B2, B3, B12, entre outras.
:: Vitaminas — As gorduras contidas na carne são fundamentais para a absorção das vitaminas lipossolúveis (dissolvidas em gordura) A, D, E, e K. O temido colesterol é o precursor da vitamina D (que fixa o cálcio aos ossos) e ainda dos hormônios adrenocorticais (estrógenos, andrógenos e progesterona). Elas são também precursoras das prostaglandinas, consideradas as substâncias biológicas mais potentes que existem no corpo humano, que têm a função de produzir relaxamento ou contração na musculatura, diminuem a pressão arterial e ativam (ou desativam) alguns hormônios.
:: Nutrição — Paulo Henkin, chefe do Serviço de Nutrologia do Hospital Ernesto Dornelles, afirma que quem não come carne "está na fronteira da boa nutrição e da desnutrição. Estudos de longa duração jamais encontraram uma relação contundente entre o aumento da longevidade e o não consumo de carne, pelo contrário". Henkin afirma que todas as dietas restritivas, não importa se de proteínas ou de carboidratos, levará o organismo a um déficit nutricional, potencializando várias doenças.
:: Ferro — A absorção do ferro das carnes é seis vezes maior do que o de vegetais. Isso porque nos vegetais a concorrência é desleal: o ferro convive com outras moléculas que atrapalham seu aproveitamento. Elas o deixam menos solúvel e mais difícil de atravessar a parede do intestino.
:: Colesterol — O consumo de carne vermelha magra pode ser saudável para o coração, da mesma maneira que a carne branca, segundo pesquisa publicada no American Journal of Clinical Nutrition, na qual é constatado que quando há o controle da gordura saturada, os índices de colesterol podem ser reduzidos.

Fonte: ZERO HORA – RS  
 

Chia, o super alimento

janeiro 14, 2012
Considerado um dos grãos mais eficazes na prevenção e diminuição do risco de problemas cardiovasculares, pressão alta, obesidade, colesterol e diabetes, a chia chegou no Brasil há pouco. Proveniente da região dos Andes, o alimento é considerado uma importante fonte de ácido graxo ômega 3 de origem vegetal.

De acordo com a nutricionista da Unidade de Doenças Cardiovasculares da Pontifícia Universidade Católica do Chile, Carolina Chica, pesquisadora do grão há quase 10 anos, a chia dispõe de proteínas de alto valor biológico, fibras e antioxidantes, o que confere ao alimento um poderoso aliado no combate aos radicais livres.

— Além disso, a chia tem ação anti-inflamatória e grande capacidade de absorção de glicose, ideal para a prevenção do diabetes e controle da insulina — afirma a especialista.

A aparência do grão de chia é próxima ao gergelim, porém com uma coloração mais escura. Uma de suas vantagens é que pode ser consumido em sua forma natural, sem a necessidade de trituração para obter seus nutrientes, como exigem alguns outros grãos. Pode ser utilizado no preparo de bolos, pães e massas, além de ser normalmente consumido com cereais matinais, sopas, saladas, iogurtes, sucos, vitaminas e frutas.

A grande vantagem da chia é a sua praticidade. Você pode consumi-la em sua forma natural, sem a necessidade de triturar ou moer.

Este alimento tem uma história curiosa: o grão era uma das principais fontes de alimentação dos povos andinos da era pré-colombiana, com plantio desde 2600 a.C. Era cultivado no México e na Guatemala e consumido principalmente pelos maias e astecas para aumentar a resistência física. No entanto, a chia também estava atrelada a rituais sagrados e servia como oferenda aos deuses dessas civilizações, o que despertou a ira de espanhóis católicos que viam a cerimônia como um ritual pagão. Com isso, seu cultivo foi extinto por séculos e só foi retomado no início da década de 90 por um grupo de pesquisadores argentinos em parceria com a Universidade do Arizona (EUA). Desde então, os cientistas têm se voltado para pesquisas com o grão.

Hoje, a chia pode ser encontrada na alimentação dos povos norte-americanos, canadenses, japoneses, australianos, mexicanos, chilenos e de grande parte da América Latina. Estudos científicos apontam seus benefícios na prevenção e no controle de diabetes, colesterol, hipertensão, e câncer de mama, entre outras doenças.

A fibra também é outro ponto importante a se considerar nesse superalimento. Em torno de 40% são fibras dietéticas, sendo 36% de fibra insolúvel e 5% de fibra solúvel. Muitos nutricionistas recomendam seu consumo como um aliado em dietas de redução de peso.

— Seu poder de emagrecimento está relacionado a elevada quantidade de fibras que proporcionam sensação de saciedade. Quando entram em contato com a água, essas fibras formam uma espécie de gel no estômago, dando sensação de saciedade.
 
Uma gordura essencial

:: O ômega 3 é um ácido graxo essencial. Trata-se de uma gordura importante para o organismo, mas que apesar de necessária, não é produzida pelo corpo humano. Em geral, os ácidos graxos essenciais regulam as funções do organismo e contribuem para a absorção de vitaminas, para a síntese de hormônios e previnem doenças cardiovasculares.

:: O ácido graxo ômega 3 tem um papel essencial nas membranas do sistema nervoso e é muito importante para o sistema cardiovascular. Ele impede a formação de trombos, faz com que o sangue flua melhor e protege a camada do endotélio. Além disso, cumpre uma função importante na parte elétrica do corpo como o coração, a retina e também na capacidade de aprendizado do indivíduo como a atenção e a memória, melhorando o desempenho intelectual.

Fonte: Jornal ZERO HORA - RS
 

A verdade sobre os agrotóxicos

janeiro 7, 2012

Há um mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou os resultados de um estudo iniciado em 2010 sobre a contaminação de ALIMENTOS por agrotóxicos - e suas conclusões deixaram quase em pânico os consumidores que se preocupam em pôr à mesa apenas aquelas frutas e hortaliças que colaborem com sua saúde.

No balanço geral da Anvisa, 28% dos produtos avaliados foram considerados insatisfatórios; no topo do ranking vinha o pimentão (com assustadores 91,8% de amostras contaminadas), seguido por morango, pepino, alface e cenoura. Estariam os brasileiros, então, intoxicando-se perigosamente cada vez que levam o garfo à boca e arriscando uma doença grave no futuro? Definitivamente, não: quando se esmiúça o relatório, vê-se que muito do receio que ele provocou é exagerado ou infundado. Para explicar por que é assim, VEJA conversou com oito toxicologistas e engenheiros agrônomos que atuam em centros de referência do assunto no país.

Antes de mais nada: por que os agricultores se vaiem de produtos que, em seu próprio nome, já trazem o sufixo "tóxico"?

A palavra "agrotóxico" é imprecisa e algo carregada de um julgamento de valor resquício do tempo, há muito deixado para trás, em que essas substâncias eram colocadas no mercado sem pesquisa suficiente sobre suas propriedades e seus efeitos, e usadas de forma indiscriminada. O nome certo é "defensivo agrícola", uma vez que esses produtos servem não para intoxicar a lavoura ou o consumidor, mas sim para defender a plantação de pragas, insetos e parasitas e evitar que ela se perca.

Como foi feito o estudo da Anvisa?

O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em ALIMENTOS avaliou 2 488 amostras de dezoito tipos de alimento - abacaxi, alface, arroz, batata, beterraba, cebola, cenoura, couve, feijão, laranja, maçã, mamão, manga, morango, pepino, pimentão, repolho e tomate. A escolha das variedades obedeceu à combinação de três parâmetros: os dados de consumo do IBGE (que levanta os itens mais comuns na mesa dos brasileiros), a disponibilidade nos supermercados e as culturas em que o uso de defensivos é costumeiramente intensivo, por serem mais vulneráveis a pragas ou pestes. Os vegetais foram coletados e analisados em 2010.

Como se definiu o que é um alimento contaminado?

A classificação seguiu dois critérios: resíduo, no alimento, de defensivo acima do limite permitido e detecção do uso de defensivo não autorizado para aquela determinada cultura. Das 2 488 amostras, 694 foram consideradas irregulares.

Quantos ALIMENTOS apresentaram resíduos de defensivos em excesso?

Apenas 3,6% dos produtos avaliados revelaram teor de agrotóxico acima do limite máximo de resíduo (LMR), índice que determina o consumo sem riscos à saúde. Ou seja, das 2488 amostras, 89 foram reprovadas. Isso pode acontecer por dois motivos: porque o agricultor aplicou na lavoura uma dose acima da indicada ou porque desrespeitou o chamado período de carência o intervalo mínimo entre o uso do pesticida e a colheita, tempo em que o defensivo se degrada e perde sua toxicidade para os seres humanos.

Quão acima do limite de resíduo estavam esses ALIMENTOS?

Em geral, muito pouco. Segundo o toxicologista Angelo Trapé, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), esse é um quesito em que o receio é quase sempre injustificado, já que as margens de segurança são altíssimas. Para definirem o nível seguro de resíduos de defensivos agrícolas que um ser humano pode ingerir diariamente, os cientistas primeiro realizam estudos em animais. O valor que não apresenta riscos para eles é então dividido por 100 e assim se chega ao limite máximo aceitável para o homem. Ou seja, o nível de resíduo detectado nas amostras coletadas teria de estar 1000% acima do permitido para que se começasse a pensar em risco real. E nenhum caso dessa monta foi verificado.

Em 24,3% das amostras, as análises detectaram a presença de defensivos não autorizados. Eles eram, então, ilegais?

Não, eles são comercializados legalmente no país. O que acontece é que cada produto deve informar, no rótulo, o tipo de alimento ao qual é destinado. "Para registrar um novo produto, o fabricante gasta milhões de dólares. E, mesmo quando a marca já está no mercado, incluir uma nova cultura no rótulo custa entre 35 000 e 40 000 dólares", explica Luís Rangel, coordenador-geral de agrotóxico do Ministério da Agricultura. Resultado: como o processo é oneroso, as empresas preferem investir em defensivos que serão vendidos aos grandes produtores, como os dos setores de algodão, soja e milho, em detrimento daqueles destinados às culturas pequenas, como as hortaliças, "Assim, quando não há defensivo registrado para eliminar pragas que atacam uma cultura pequena, o produtor se vê obrigado a recorrer a um defensivo não autorizado, mas que traz o princípio ativo do qual ele necessita", explica Celso Omoto, professor da Faculdade de Engenharia Agronômica da Universidade de São Paulo em Piracicaba.

O uso de defensivos não autorizados é prejudicial à saúde?

Não necessariamente. As pesquisas mostram que um defensivo não oferece mais ou menos riscos à saúde se aplicado neste ou naquele alimento. Ou seja, o produto X, indicado para tomate, não ficará mais tóxico por estar sendo usado no pimentão. "O problema está na soma: resíduos de um mesmo agrotóxico em vários dos ALIMENTOS que constam da DIETA de uma pessoa podem vir a extrapolar seu limite máximo", diz Luiz Cláudio Meirelles, gerente-geral de toxicologia da Anvisa. Mas a situação não é alarmante. "Como a margem de segurança para o cálculo do LMR é alta, é muito provável que o consumo desses ALIMENTOS não ofereça nenhuma implicação à saúde", diz o médico patologista João Lauro Camargo, da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu.

Os ALIMENTOS que lideram o ranking da Anvisa - pimentão, morango e pepino - representam riscos à saúde?

De forma alguma. Isso vale para todos os dezoito ALIMENTOS avaliados. "Como os resíduos apresentados estão dentro de níveis seguros - quando houve excesso, ele era irrisório -, não há motivo para preocupação em termos de saúde pública", explica Ângelo Trapé, da Unicamp.

É possível remover resíduos de defensivos dos vegetais?

Não, pois o defensivo penetra na polpa do alimento ou circula pela selva da planta. Nas últimas semanas, muitas "receitas" para remover defensivos circularam por aí - inclusive em telejornais de grande alcance -, como lavar os ALIMENTOS com água e sabão ou mergulhá-los em uma solução de hipoclorito de sódio, que nada mais é do que água sanitária diluída. Pura balela. "A lavagem com qualquer uma dessas substâncias remove micróbios e coliformes fecais. mas não os resíduos químicos", explica o engenheiro agrônomo José Otávio Menten, professor da Universidade de São Paulo em Piracicaba. A fruta e a verdura ficam limpinhas, o que é ótimo.

Mas o que houver de resíduo químico nelas continuará ali, não adianta?

Descascar o alimento ou retirar as folhas externas dos maços de alface, por exemplo, elimina apenas o resíduo presente nessas partes do vegetal. O que está nas outras partes permanece. Além disso, as cascas de muitos ALIMENTOS são altamente nutritivas. e descartá-las pode ser um desperdício.

Algumas hortaliças, frutas e legumes tendem a absorver mais defensivos?

Não. O que determina se algum resíduo permanecerá no alimento é o manejo do produto na lavoura: a quantidade empregada e o período de carência indicado para aquela substância em particular. Se tudo for feito conforme a bula, entre o dia da aplicação do defensivo e o da colheita a dose correta sofrerá degradação natural com a ação dos raios solares, da chuva e de microrganismos.

Ingerir resíduos de defensivos provoca doenças ou malefícios?

"Não existe comprovação científica de que o consumo a longo prazo de resíduos de pesticidas nos ALIMENTOS provoque problemas graves em seres humanos. A associação entre o uso de defensivos e a ocorrência de câncer, malformação fetal ou distúrbios neurológicos só foi demonstrada em animais expostos a concentrações altíssimas desses produtos", diz o toxicologista Flávio Zambrone, presidente do Instituto Brasileiro de Toxicologia. Também não há casos de intoxicação aguda provocada pela ingestão de um alimento contaminado.

Os defensivos oferecem risco à saúde dos agricultores?

Apenas quando eles não respeitam as regras de uso. "Os principais efeitos adversos são problemas gastrointestinais e dermatológicos provocados por exposição a doses elevadas", diz Ângelo Trapé. Os equipamentos de segurança e as precauções recomendadas pelos fabricantes reduzem drasticamente os riscos de contaminação. "Como o Brasil é um dos países mais rigorosos no processo de registro de agrotóxicos, os produtos disponíveis no mercado são seguros", diz a engenheira agrônoma Rumy Goto, da Unesp.

É possível reduzir o uso de defensivos no campo sem prejudicar a produtividade?

Sim, com programas educacionais que ensinem o agricultor a escolher o produto certo, aplicar a dose correta e respeitar o período de carência para a colheita segura. O produtor pode, por exemplo, optar por agrotóxicos seletivos, que agem na praga sem extirpar seus inimigos naturais. Assim, o inseticida que mata o pulgão (praga) não elimina a joaninha (que se alimenta de pulgões e, assim, promove um controle natural da praga), o que reduz a necessidade de mais defensivos: Outra solução envolve manejos agrícolas como a rotação de culturas para quebrar o ciclo de vida da praga. "O produtor deve entender que existem diversas ferramentas para controlar pragas. Sem esse conhecimento, ele acaba optando pelo produto mais barato ou não autorizado para aquela cultura", diz o engenheiro agrônomo Celso Omoto, da USP.

Existe alguma maneira de o consumidor se certificar da proveniência das frutas, dos legumes e das verduras que vai pôr à mesa?

Por enquanto, não. Mas o Ministério da Agricultura pretende criar um cadastro de produtores multados por uso indiscriminado de defensivos agrícolas e disponibilizá-lo para consulta pública em seu site. Essa medida poderá incentivar os bons produtores a identificar seus produtos com um selo, como já é possível encontrar nas gôndolas de supermercados.

____________________


Eles não precisam do solo


Cultivados em água, os ALIMENTOS hidropônicos, como folhagens, tomates e pepinos, costumam se desenvolver dentro de tubulações, quase sempre protegidos em estufas "Para obterem os benefícios nutricionais que as plantas convencionais recebem do solo, eles crescem em uma solução sob medida à base de nutrientes como fósforo, potássio, magnésio, enxofre, ferro e zinco", explica o pesquisador Jorge Barcelos, da Universidade Federal de Santa Catarina. E, embora os defensivos agrícolas sejam menos usados nesse tipo de cultivo, eles, assim como os adubos químicos, são permitidos. "A qualidade nutricional de um alimento hidropônico vai depender do domínio da técnica empregada nessa solução. Mas, de modo geral, não há diferenças significativas entre os hidropônicos e os ALIMENTOS convencionais ou orgânicos", diz o médico Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia.

____________________

Orgânicos em pratos limpos

O temor de que ALIMENTOS com defensivos agrícolas façam mal à saúde tem feito com que muitos consumidores cogitem substituir frutas, verduras e legumes convencionais por seus equivalentes "orgânicos", ainda que tenham de desembolsar o dobro por isso. Veja o que dizem os especialistas sobre esse tipo de cultivo.

O que são ALIMENTOS ORGÂNICOS: aqueles cultivados sem o uso de agrotóxicos ou hormônios de crescimento.

O que é permitido numa cultura orgânica: plantar ervas daninhas que atraiam para si as pragas, usar adubos naturais, como esterco, e empregar extratos vegetais, como os de nim e pimenta, para combater pestes. No entanto, segundo os engenheiros agrônomos Rumy Goto, da Unesp, e José Otávio Menten, da Universidade de São Paulo, algumas exceções são permitidas. "Para nutrirem o solo, os agricultores usam fertilizantes à base de compostos químicos, como o sulfato de potássio", diz Rumy. Menten destaca ainda a utilização, na plantação orgânica, de defensivos amplamente empregados na agricultura convencional, como o enxofre, a calda de fumo e a calda bordalesa (mistura de sulfato de cobre com cal). Essas substâncias, porém, não são inofensivas. "Todos esses produtos "orgânicos" deveriam ser submetidos a avaliações", defende Menten.

Como identificá4os: desde janeiro de 2011, os orgânicos vendidos em lojas e supermercados vêm com um selo do Ministério da Agricultura. Nas feiras, o consumidor deve verificar se o vendedor possui o cadastro de agricultor orgânico. A lista de habilitados está no site Prefira Orgânicos (www.prefiraorganicos.com.br). Não que isso seja garantia, entretanto. As regras para o credenciamento e a fiscalização são um bocado vagas e têm muitas lacunas. Por isso mesmo, algumas grandes redes de varejo se certificam de que não estão vendendo gato por lebre testando elas próprias em laboratório, periodicamente, amostras dos vegetais que exibem em suas gôndolas.

Quem fornece o selo: o produtor pode obtê-lo de duas maneiras. A primeira . é contratar uma das seis empresas credenciadas pelo governo para o serviço. Elas avaliam a qualidade do solo e da água da plantação antes de fornecer o selo. A outra são os chamados Sistemas Participativos de Garantia (SPG), em que um grupo de produtores se reúne com consumidores, pesquisadores e técnicos, sejam eles agrônomos ou não, e solicita autorização ao Ministério da Agricultura para se autocertificar.

Quem fiscaliza: não há fiscalização sobre o comércio de orgânicos em feiras livres. Nos outros casos, ela é feita pelas próprias empresas que concedem os selos ou pelos grupos formados nos SPG. As regras para a fiscalização, que deve acontecer pelo menos uma vez por ano, não são claras, nem são exigidas análises periódicas para detectar eventuais resíduos de defensivos químicos nas plantações."Esse tipo de avaliação só ocorre quando há uma denúncia ou quando se constata um risco, como a identificação de uma plantação vizinha que utiliza produtos químicos", diz Rogério Pereira Dias, coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura.

Riscos: sem o controle adequado de produção e armazenagem, as plantas orgânicas podem ser contaminadas por fungos ou por bactérias como a salmonela e a Escherichia coli. Um caso célebre aconteceu na Alemanha, em junho de 2011: mais de quarenta pessoas morreram e milhares foram parar no hospital após ingerir brotos de feijão de uma fazenda orgânica contaminados com E. coli. Ou seja, não só por ser orgânico um produto é necessária e automaticamente mais SAUDÁVEL que o similar cultivado com o auxílio de defensivos.


Fonte: Veja

Veja a matéria no site: http://www.linearclipping.com.br/cfn/detalhe_noticia.asp?cd_sistema=140&codnot=2100036
 

Hipertensão arterial: combate ao inimigo silencioso

janeiro 7, 2012

Hipertensão arterial: combate ao inimigo silencioso

Novos métodos auxiliam no controle da pressão alta, reduzindo os riscos de doenças cardiovasculares.

Cerca de 30 % da população acima de 18 anos têm pressão alta, doença que nem sempre recebe a atenção que deveria. Entre as pessoas com mais de 50 anos, a prevalência é de 50%, segundo dados da Sociedade Brasileira de HIPERTENSÃO. Nem mesmo crianças e adolescentes estão livres do problema. Aproximadamente 5% deles convivem com os riscos associados a essa doença.

A pressão arterial costuma subir durante a prática de atividades físicas e em situações estressantes. Mas quando isso acontece de modo persistente, provoca lesões nas artérias e nos principais órgãos. A boa notícia é que a cada dia surgem novidades sobre os mecanismos da doença, contribuindo para o desenvolvimento de técnicas mais eficazes para controlá-la.

O primeiro passo é ter certeza do diagnóstico. Nem sempre a medição feita no consultório mostra o quadro real do paciente. O exame mais eficiente para isso é o MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial). Um aparelho acoplado á pessoa faz medições a cada 20 minutos, ao longo de 24 horas, com o propósito de identificar quem é hipertenso.

A HIPERTENSÃO é causada por uma conjunção de fatores hereditários e pelo estilo de vida. Hábitos saudáveis ajudam a preveni-la: manter o peso ideal, praticar atividade física, evitar ingestão excessiva de álcool e reduzir o sal da ALIMENTAÇÃO.

Mas, uma vez instalada, é essencial seguir á risca o tratamento. Há hoje um grande arsenal de remédios para o controle da doença. E a maneira como são prescritos faz toda a diferença: pesquisas mostram que tomar ao menos um dos medicamentos na hora de dormir reduz significativamente as chances de infarto e AVC.

Cerca de 10% dos pacientes sofrem de HIPERTENSÃO resistente, que não cede com o uso de remédios. Para esses casos, estão sendo testadas novas técnicas, ainda não disponíveis comercialmente. Dentre elas está um aparelho que, colocado sob a pele, age sobre os mecanismos que "avisam" o cérebro que a pressão está alta, estimulando o organismo a regular a pressão. Também está em estudo um procedimento que elimina nervos renais responsáveis pela retenção de sódio e água, em geral relacionados á HIPERTENSÃO. A técnica envolve a introdução de um cateter pela artéria femoral e a aplicação de ondas de alta frequência que destroem esses nervos.

As novidades são bem-vindas. Mas o mais importante é ficar atento para não se deixar enganar pela doença - discreta nos sintomas e lenta na evolução, mas que pode ser muito grave pelos problemas que gera.

___________________

"Tomar ao menos um dos medicamentos na hora de dormir reduz as chances de infarto e AVC."

Fonte: Veja

Veja a matéria no site de origem: http://www.linearclipping.com.br/cfn/detalhe_noticia.asp?cd_sistema=140&codnot=2099991

 

Mitos e verdades sobre gravidez e obesidade juntas

dezembro 29, 2011

Gravidez com obesidade

Ironicamente, apesar da ingestão calórica excessiva, muitas mulheres obesas são deficientes em vitaminas vitais para uma gravidez saudável.

Mas há muitas outras estatísticas alarmantes que surgem quandoobesidade e gravidez coincidem.

Juntas, elas apresentam um conjunto único de desafios que as mulheres e seus médicos devem enfrentar para alcançar o melhor resultado possível para a mãe e para o bebê.

Na edição de dezembro da revista Seminários em Perinatologia, a especialista em medicina materna, Loralei Thornburg (Universidade de Rochester - EUA) revisa as principais mudanças e obstáculos relacionados à gravidez que as mulheres obesas podem ter de enfrentar antes do parto.

Mito ou Verdade?

"Embora você possa ter uma gravidez bem-sucedida com qualquer peso, as mulheres precisam entender os desafios que o seu peso irá criar e se tornar uma parceira no seu próprio tratamento, pois elas precisam conversar com seus médicos sobre a melhor forma de otimizar a sua saúde e a saúde de seu bebê," recomenda ela.

"Eu trato pacientes obesas o tempo todo, e embora nem tudo saia sempre exatamente como planejado, elas podem ter uma gravidez saudável," afirma a médica.

Os seguintes mitos e verdades destacam alguns dos obstáculos para se ter em conta antes, durante e após a gravidez com obesidade.

Alguns são bem comuns, mas alguns chegam a ser surpreendentes.

Muitas mulheres obesas apresentam deficiência de vitaminas

Verdadeiro.

Quarenta por cento são deficientes em ferro, 24% em ácido fólico e 4% em vitamina B12.

Esta é uma preocupação porque certas vitaminas, como o ácido fólico, são muito importantes antes da concepção, diminuindo o risco de problemas cardíacos e defeitos da coluna vertebral em recém-nascidos.

Minerais, como cálcio e ferro, são necessários durante a gravidez para ajudar os bebês crescerem.

A especialista afirma que a deficiência de vitamina tem a ver com a qualidade da dieta, e não com a quantidade.

Mulheres obesas tendem a fugir dos cereais fortificados, frutas e legumes, e comer mais alimentos processados, que são ricos em calorias, mas pobres em valor nutritivo.

"Assim como todo mundo, as mulheres que estão pensando em engravidar, ou estão grávidas, devem adotar uma mistura saudável de frutas e legumes, proteínas magras e carboidratos de boa qualidade," afirma.

Pacientes obesas precisam de ganhar pelo menos 7 quilos durante a gravidez

Meia verdade.

Em 2009, o Instituto de Medicina dos Estados Unidos revisou suas recomendações para ganho de peso gestacional de mulheres obesas de "pelo menos 7 quilos" para "de 5 a 9 quilos".

O detalhe é que, além de um menor limite inferior, agora há um limite máximo.

De acordo com pesquisas anteriores, as mulheres obesas com ganho de peso excessivo durante a gravidez têm um risco muito elevado de complicações, incluindo o nascimento prematuro, cesariana, falha na indução do parto, bebês grandes demais para a idade gestacional e recém-nascidos com baixo teor de açúcar no sangue.

Se uma mulher começa a gravidez com sobrepeso ou obesa, não ganhar muito peso pode de fato melhorar a probabilidade de uma gravidez saudável, ressalta a médica. Falar com seu médico sobre o ganho de peso adequado para a sua gravidez é fundamental, diz ela.

O risco de parto prematuro espontâneo é maior em obesas do que em não-obesas.

Mito.

Mulheres obesas têm maior probabilidade de parto prematuro recomendado - um parto antecipado por razões médicas, como diabetes materno ou pressão arterial elevada.

Mas, paradoxalmente, o risco de parto prematuro espontâneo - quando uma mulher entra em trabalho de parto por uma razão desconhecida - é, na verdade, 20% menor em obesas do que em não-obesas.

Não há explicação para o porquê disso, mas Thornburg diz que a hipótese corrente sugere que isto está provavelmente relacionado a alterações hormonais nas mulheres obesas que podem diminuir o risco de parto prematuro espontâneo.

Doenças respiratórias na obesidade aumentam risco de complicações não pulmonares na gravidez

Verdadeiro.

As doenças respiratórias na obesidade incluem a asma e apneia obstrutiva do sono, enquanto as complicações não-pulmonares na gravidez incluem o parto cesáreo e a pré-eclâmpsia (pressão alta).

Mulheres obesas têm taxas de complicações respiratórias mais elevadas, e até 30% têm uma exacerbação da asma durante a gravidez, um risco quase uma vez e meia maior do que as mulheres não-obesas.

De acordo com Thornburg, as complicações respiratórias representam apenas uma peça do quebra-cabeça dos problemas de saúde na obesidade, que aumenta a probabilidade de problemas na gravidez.

Ela salienta a importância de manter a asma e outras condições respiratórias sob controle antes de engravidar.

As taxas de amamentação são elevadas entre mulheres obesas

Mito.

As taxas de amamentação são baixas entre as mulheres obesas, com apenas 80% amamentando nos primeiros dias, e menos de 50% indo além de seis meses, ainda que a amamentação esteja associada com menor retenção de peso pós-parto.

Thornburg reconhece que pode ser um desafio para as mulheres obesas amamentarem.

Muitas vezes leva mais tempo para seu leite descer e elas podem ter menor produção, já que o tamanho do peito não tem nada a ver com a quantidade de leite produzido.

"Devido a estes desafios, as mães precisam ser educadas, motivadas e trabalharem com seus médicos, enfermeiros e profissionais de lactação para caprichar na amamentação. Mesmo que só seja possível fazer o aleitamento parcial, ainda é melhor do que amamentação nenhuma," conclui a médica.

 

Barriga 'sarada' depende 80% da alimentação, diz preparador físico

dezembro 28, 2011

Enxugar a barriga e deixá-la chapada, com aspecto de “tanquinho”, é o objetivo de muita gente no verão. Mas alcançar essa meta exige frequência, intensidade e perseverança nos exercícios físicos.

Segundo o preparador José Rubens D’Elia, a alimentação também tem um papel fundamental: “Barriga boa depende 80% da dieta de cada um”, destaca. E a dica do endocrinologista Alfredo Halpern é reduzir o consumo de frituras, gorduras, açúcar e álcool. Passar longe das tentações também ajuda.

Além de esteticamente feia, a gordura abdominal favorece o aparecimento de doenças cardiovasculares. Apesar disso, há uma notícia boa: ela pode ser eliminada com a perda de peso, principalmente se a barriga for dura – daquelas de “chopp”. Nesse caso, os homens levam vantagem.

D’Elia ressaltou ainda que, ao trabalhar a musculatura do abdômen, a pessoa não elimina só a barriga: também melhora a sustentação da coluna e fortalece o assoalho pélvico, importante para prevenir e tratar a incontinência urinária. 

A professora de educação física Zânia Menezes, presente no programa ao lado do preparador físico, enfatizou o papel dos abdominais nesse processo de “chapar” a barriga. Outra recomendação dela é aprender exercícios com bola, que tornam a atividade ainda mais prazerosa. Cada uma custa cerca de R$ 60 e deve ter pelo menos 55 cm de diâmetro.

No pilates, a bola é muito usada e chamada de "fit ball", que é ótima para quem está pensando em perder a barriga, porque ajuda a desempenhar funções específicas da musculatura e ativa regiões “adormecidas”.

E é possível perder a barriga se divertindo, seja na natação, na capoeira ou nas aulas de dança. De acordo com Zânia, os melhores ritmos para endurecer a região do abdômen são: samba, salsa, hip hop, frevo, jazz e zouk – gênero musical originário das Antilhas que mescla passos de lambada, samba, rock e forró, e faz muito sucesso no Norte do país.

Frequência, intensidade e perseverança

Só se proponha a fazer uma atividade física se tiver frequência. E é importante se programar para aquele compromisso por no mínimo 3 vezes por semana. Essa regularidade é fundamental para um bom resultado.

A intensidade do exercício é outro ponto de destaque. Treinos de pelo menos 30 minutos já têm a intensidade mínima para perder barriga. Além da duração, preste atenção no ritmo da sua atividade. No caso de uma caminhada rápida, não adianta apenas andar: o ideal é trotar e correr.

E esses dois itens só apresentarão resultados se a pessoa for perseverante. Os efeitos positivos do exercício não são imediatos nem caem do céu. Para você conseguir um bom desempenho e enxergar mudanças no corpo, é preciso esperar pelo menos dois meses. A barriga sarada vem com o tempo e, se quiser acelerar os resultados, aumente a frequência e a intensidade da malhação.

 
Comentários by Disqus