Comer doces causa mais fome
Postado por Paula Fernandes em sexta, setembro 6, 2013 Em: Para saber!
A vontade de comer mais logo após consumir um doce não é apenas gula ou falta de força de vontade de quem está de dieta. Como os alimentos ricos em carboidrato oferecem sensação de bem-estar, a área do cérebro chamada de "área de recompensa" também é ativada quando consumimos esse tipo de alimento.
— As pesquisas têm mostrado que o consumo de alimentos com alto índice glicêmico estimula diretamente o hipotálamo, fazendo com que aconteça um aumento da fome nas horas seguintes à ingestão — explica a endocrinologista Andressa Heimbecher.
Esse ciclo vicioso acaba por prejudicar não apenas a dieta de quem precisa emagrecer, mas também de quem já está dentro do peso. E não são apenas os alimentos que podem prejudicar a saúde. Qualquer tipo de doce pode desencadear o processo, inclusive as bebidas. Por isso, os refrigerantes também são vilões para a saúde, pois além de ter alto valor calórico, elevar o peso e aumentar o risco de osteoporose, dão vontade de comer mais doces.
— Sabe-se que, hoje em dia, o consumo de refrigerantes é um dos principais contribuintes para a epidemia de obesidade — ressalta a especialista.
Segundo a médica, não adianta querer "enganar" o organismo consumindo refrigerantes diet ou zero e outras bebidas adoçadas artificialmente, pois elas são responsáveis pelo aumento do risco de várias doenças crônicas, como aumento de peso, síndrome metabólica, diabetes tipo 2, doença cardiovascular e pressão alta.
— Estudos mostram evidências de que pessoas que trocaram as bebidas normais pelas diet não regularizaram os níveis de glicose no sangue, diferente daquelas que substituíram o refrigerante normal por água — afirma a especialista.
Confusão no organismo
Andressa afirma que isso acontece porque as bebidas artificialmente adoçadas interferem nas respostas normais do organismo.
— O consumo constante de bebidas artificialmente adoçadas confunde a habilidade natural do organismo de controlar o consumo de calorias, baseado no sabor doce. O corpo regula a fome reunindo informações sobre o sabor doce do alimento e seu valor calórico. Como o sabor não vem acompanhado de calorias existe um efeito rebote que determina mais fome e mais vontade de consumir esses alimentos.
A médica cita estudos que compararam, por meio de ressonância magnética, pessoas que beberam água adoçada com açúcar e com sucralose (adoçante).
— Os que beberam água com açúcar ativaram mais a área de recompensa do que os que beberam com sucralose. Isso pode explicar porque, em tese, quem ingere muito adoçante tende também a comer mais doces. Afinal, a área de recompensa não fica totalmente "recompensada" com o adoçante. Quem ingere açúcar tem mais vontade de ingerir açúcar, criando um ciclo vicioso.
Ela alerta que até mesmo aqueles sucos destinados ao público infantil — que, em tese, seriam mais saudáveis — possuem altos índices de carboidratos.
— É preciso avaliar atentamente os rótulos, cortar os refrigerantes normais e evitar ao máximo os zero ou diet para manter a saúde em dia — conclui a médica.
DIARIO CATARINENSE - SC
— As pesquisas têm mostrado que o consumo de alimentos com alto índice glicêmico estimula diretamente o hipotálamo, fazendo com que aconteça um aumento da fome nas horas seguintes à ingestão — explica a endocrinologista Andressa Heimbecher.
Esse ciclo vicioso acaba por prejudicar não apenas a dieta de quem precisa emagrecer, mas também de quem já está dentro do peso. E não são apenas os alimentos que podem prejudicar a saúde. Qualquer tipo de doce pode desencadear o processo, inclusive as bebidas. Por isso, os refrigerantes também são vilões para a saúde, pois além de ter alto valor calórico, elevar o peso e aumentar o risco de osteoporose, dão vontade de comer mais doces.
— Sabe-se que, hoje em dia, o consumo de refrigerantes é um dos principais contribuintes para a epidemia de obesidade — ressalta a especialista.
Segundo a médica, não adianta querer "enganar" o organismo consumindo refrigerantes diet ou zero e outras bebidas adoçadas artificialmente, pois elas são responsáveis pelo aumento do risco de várias doenças crônicas, como aumento de peso, síndrome metabólica, diabetes tipo 2, doença cardiovascular e pressão alta.
— Estudos mostram evidências de que pessoas que trocaram as bebidas normais pelas diet não regularizaram os níveis de glicose no sangue, diferente daquelas que substituíram o refrigerante normal por água — afirma a especialista.
Confusão no organismo
Andressa afirma que isso acontece porque as bebidas artificialmente adoçadas interferem nas respostas normais do organismo.
— O consumo constante de bebidas artificialmente adoçadas confunde a habilidade natural do organismo de controlar o consumo de calorias, baseado no sabor doce. O corpo regula a fome reunindo informações sobre o sabor doce do alimento e seu valor calórico. Como o sabor não vem acompanhado de calorias existe um efeito rebote que determina mais fome e mais vontade de consumir esses alimentos.
A médica cita estudos que compararam, por meio de ressonância magnética, pessoas que beberam água adoçada com açúcar e com sucralose (adoçante).
— Os que beberam água com açúcar ativaram mais a área de recompensa do que os que beberam com sucralose. Isso pode explicar porque, em tese, quem ingere muito adoçante tende também a comer mais doces. Afinal, a área de recompensa não fica totalmente "recompensada" com o adoçante. Quem ingere açúcar tem mais vontade de ingerir açúcar, criando um ciclo vicioso.
Ela alerta que até mesmo aqueles sucos destinados ao público infantil — que, em tese, seriam mais saudáveis — possuem altos índices de carboidratos.
— É preciso avaliar atentamente os rótulos, cortar os refrigerantes normais e evitar ao máximo os zero ou diet para manter a saúde em dia — conclui a médica.
DIARIO CATARINENSE - SC
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