A doença no estágio inicial é notada por sensação de fadiga e fraqueza.
O hipotireoidismo é uma doença causada pela redução dos níveis sanguíneos de hormônios tireoidianos. Os médicos informam que a origem desta redução pode estar na ingestão excessiva de iodo, seja na forma da alimentação, na passagem placentária ou em medicamentos iodados, que levam à diminuição do funcionamento da glândula tireoidiana. Existem outros casos como o uso de medicamentos contra o transtorno bipolar e também, em níveis mais altos, há uma categoria de mulheres com doença de Hashimoto ou inflamações na tireoide. Mulheres submetidas à cirurgia tireoidiana ou radioterapia também podem desenvolvê-la.
A doença pode ser detectada por exames periódicos e laboratoriais ou mesmo através dos sintomas. Os médicos alertam que a doença em fase inicial pode ser percebida por fraqueza, sensação de fadiga, intestino preso, dores articulares, dores musculares, câimbras, frio excessivo, letargia, pele seca, dor de cabeça e irregularidade menstrual. Em fases mais avançadas do hipotireoidismo mulheres podem apresentar também rouquidão, fala arrastada, edema, diminuição do suor, da temperatura corporal, do paladar e do olfato, falta de ar, diminuição de memória e atenção, pressão frequentemente baixa, ritmo cardíaco mais lento ou mesmo alterações de peso.
É uma doença que dependendo do caso há cura. No caso de mulheres que o hipotireoidismo ocorreu devido à sobrecarga de iodo, após a suspensão, elas recobram o estado funcional. Por outro lado, a doença tireoidiana autoimune necessita de tratamento por tempo indeterminado. É possível evitar o hipotireoidismo, mantendo-se alerta sobre a possibilidade de alguma medicação ser causa da deficiência hormonal e mantendo um consumo adequado de iodo.
A desculpa de muitas mulheres que ganham peso é de que está com a doença, mas de acordo com os médicos, apenas em fases mais avançadas pode-se ter variação no peso. Geralmente o excesso de peso está relacionado aos hábitos alimentares e ao estilo de vida.
Peso
Ganhar ou perder muito peso rapidamente pode ser um sinal de que a glândula tireoide não esteja funcionando muito bem. Mas como os sintomas são inespecíficos e compatíveis com outras doenças, como a anemia, a depressão e o cansaço, seja por excesso de trabalho ou atividades físicas, o diagnóstico acaba se tornando mais difícil. Mas estes não são os únicos sintomas. E é importante salientar que nem sempre a perda ou ganho de peso tem relação com a disfunção na tireoide. Pode ser também outro problema de saúde. O ideal é sempre procurar um especialista,.
O exame mais indicado para o diagnóstico da disfunção é o TSH, que tem como material recolhido o sangue. Caso necessário, este exame deve ser complementado pelo T4 Livre e pelos anticorpos antitireoidianos presente no sangue. Outra forma de detectar a doença é por ultrassom, mas este diagnóstico é utilizado apenas quando já é percebida a alteração no tamanho da glândula tireoide.
A disfunção pode ocorrer de duas formas: o hipotireoidismo e o hipertireoidismo. Em casos de hipotireoidismo, que é mais comum, a função da tireoide fica diminuída e a mulher apresenta sonolência, desânimo, sinais de depressão e alteração no peso. Já em quadros de hipertireoidismo, há um aumento da produção de hormônio pela glândula, podendo gerar insônia, agitação, estresse.
O aparecimento do problema é mais comum em mulheres, embora, segundo os médicos, não haja uma causa específica para isso. E pode ocorrer em todas as faixas etárias, sendo mais comuns em jovens e adultos com idade entre 20 e 30 anos, além de idosos.
Não há uma disfunção mais grave do que a outra. Mas os efeitos do hipertireoidismo são mais desgastantes para a mulher. Já o hipotireoidismo é diagnosticado facilmente e as reações do organismo feminino são menos debilitantes. O tratamento de cada caso também é diferente. O hipertireoidismo é tratável com cirurgia, remédio ou iodo radioativo. A escolha do tratamento depende do caso do paciente. Já para mulheres que possuem o hipotireoidismo, o tratamento indicado é a reposição hormonal diária, por meio de comprimidos tomados por via oral.
Cuide da tireóide
Realmente, motivos não faltam para prestar bastante atenção na saúde da tireóide. Segundo os médicos, ela é uma das mais importantes glândulas do corpo, pois age em órgãos como o cérebro, o coração, rins e fígado, além de ser responsável pela regulação do ciclo menstrual. Seu mal funcionamento pode causar variações de peso, infertilidade, alterações no humor e na memória.
Os principais problemas relacionados à tireóide, são o hipotireoidismo, que causa desalereção do metabolismo; hipertireoidismo, que acelera as funções do corpo, o surgimento de nódulos e cistos; e o câncer de tireóide. As causas para o aparecimento dessa doença são diversas, desde genética, autoimunidade, vírus, bactérias, deficiência de iodo até fatores externos, como ingestão de agrotóxicos ou exposição à radiação.
Bons hábitos alimentares, redução do estresse e dormir pelo menos oito horas por dia são fundamentais para a mulher se prevenir de problemas na glândula. A maior causa de hipotireoidismo é a doença autoimune, ou seja, o próprio corpo feminino produz células que destroem a tireóide. Sendo assim, para evitar a produção destes anticorpos, é preciso ter uma boa imunidade. O consumo de iodo também é essencial à prevenção do hipotireodismo. Ingestão de peixe faz muito bem à tireóide, pelo alto teor desse nutriente.
Fora a tireoidite, inflamação na glândula que aumenta o volume do pescoço da mulher, provocando calor e vermelhidão locais, os problemas na tireóide não são facilmente identificáveis. Faça exames anuais de sangue e, se necessário, um ultrassom da tireóide. Não se exponha a radiações, reduza o ritmo vida estressante. Caso tenha histórico de câncer de tireóide na família, o acompanhamento com um endocrinologista deve ser constante.
Além disso, é importante estar atenta: sintomas como cansaço excessivo, queda de cabelo, unhas quebradiças, pele seca, irregularidade menstrual, constipação, alterações bruscas no peso, diarréia, taquigrafia, transpiração excessiva, insônia, exoftalmia (olho saltado), agitação e nervosismo.


Fonte: O LIBERAL – PA